Mais uma vez a sociedade brasileira foi agredida, um golpe duro, deferido sobre a Cinemateca Brasileira, guardiã da memória cinematográfica e audiovisual brasileira, atingi a todos, principalmente os que a despreza e os que a ignora. A agora a dor é nossa!
Esta catástrofe tem origem nos eventos que propiciaram o golpe parlamentar de 2016, e continuou com o início da gestão negacionista do atual governo, prevaricando sobre matéria de sua responsabilidade administrativa, que bem poderia ter sido evitada. O que aconteceu na Cinemateca é crime de omissão.
Na noite de quinta-feira, dia 29 para 30 de julho, chamas consumiram três salas de arquivo. Duas delas de arquivo de filmes, uma de arquivo impresso, todas de material histórico localizado na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, parte das dependências da cinemateca.
Eram documentos do antigo Conselho Nacional de Cinema – CONCINE -, da Embrafilme, filmes realizados pelos alunos da Escola de Comunicação e Artes da ECA/USP, da Secretaria do Audiovisual, equipamentos cinematográficos, mobiliário, documentos do último meio século de história da política pública de fomento a cultura cinematográfica, entre outros e tudo indica o pior. Infelizmente este é mais um fato que já fazer parte da memória, não só da Cinemateca ou do audiovisual brasileiro, mas do cinema latino-americano, mundial.
O que foi destruído é a memória do povo brasileiro. É com grande tristeza que o Conselho Nacional de Cineclubes vivência estes fatos, soma esforços, cerra fileiras na luta para elucidar e punir os responsáveis. É de notório conhecimento, que a Cinemateca Brasileira é oriunda da atividade dos cineclubes e como ela, somos atingidos.
Belo Horizonte, 01 de agosto de 2021. Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiro [email protected]
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